NÃO FAÇA DE CONTA QUE O VÍCIO NÃO EXISTE

A primeira coisa a fazer se detetar sinais de vício do jogo em si próprio é não os negar. Não faça de conta que o vício não existe. Não tem que correr imediatamente para um terapeuta. Não tem que ir já amanhã a uma reunião de Jogadores Anónimos. Não tem que começar a fazer medicação na próxima semana. Mas se estiver viciado (ou a viciar-se) vigie-se.
O JOGO COMPULSIVO OU PATOLÓGICO TEM CURA?

Antes de responder, é preciso definir o que se entende por cura para o jogo compulsivo. Pode um jogador compulsivo evoluir para um estado em que não sinta uma ligação emocional e uma atração compulsiva e obsessiva pelo jogo? Claro, sem dúvida; acontece com frequência. As pessoas podem “autocurar-se”. Mas a realidade é que nunca se fica realmente curado do vício do álcool ou do jogo, pois estes são comportamentos aprendidos. Por exemplo, ninguém nasce com o vício do jogo: a pessoa pratica e pratica, e ao fim de algum tempo construiu no seu cérebro percursos neurológicos que não existiam quando nasceu. Ao longo dos anos, estes caminhos vão-se reforçando, até ao momento que decide não jogar. Isto significa que o circuito neurológico que foi desenvolvendo desaparece? Não; este é como uma autoestrada que está sempre lá! O que ela pode é desenvolver novos caminhos para ir do ponto A ao ponto B. Pode desenvolver uma nova autoestrada para se sentir bem. Pode desenvolver formas de evitar o regresso ao velho caminho do jogo. Mas pode eliminá-lo? Não cremos.
O QUE FAZER, PERANTE INDÍCIOS DE VICIAÇÃO NO JOGO?

A primeira coisa a fazer se detetar sinais de vício do jogo em si próprio é não os negar. Não faça de conta que o vicio não existe. Não tem que correr imediatamente para um terapeuta. Não tem que ir já amanhã a uma reunião de Jogadores Anónimos. Não tem que começar a fazer medicação na próxima semana. Mas se estiver viciado (ou a viciar-se) vigie-se. Se quer evitar o vício, tem melhores condições para o fazer se o reconhecer e assumir. Se não fizer mais nada, pelo menos vigie o seu problema de jogo se começar a vê-lo em si. Faça um pequeno quadro/gráfico para si próprio: quantas vezes pensa em jogar, quanto dinheiro está a gastar no jogo. E olhe para esses indicadores objetivamente e sem condenação moral. Estão a subir? Estão a descer? Se vê que se mantêm através do tempo e que continuam a subir, então estamos perante um cenário diferente.
COMO AJUDAR UM FAMILIAR ADITO AO JOGO?

A primeira coisa que pode fazer para ajudar um familiar adito ao jogo é aprender tudo o que conseguir sobre jogo problemático e jogo compulsivo, desde logo consultar as nossas páginas “Jogo Problemático” e “SOS Jogadores”. Procure apoio e aconselhamento que possam ajudá-lo a lidar com o stress de ter um familiar nessas circunstâncias.
O apoio para si mesmo e para o seu familiar poderá ser uma ajuda fundamental para o problema. Existem vários grupos de apoio disponíveis. Terapeutas e conselheiros também podem fornecer suporte.
Se o seu familiar é viciado em jogos e apostas e procura ativamente ajuda é importante que alguém da família assuma o controlo de todas as responsabilidades financeiras da pessoa confrontada com um problema de adição ao jogo. Isso pode ajudar a reduzir os impulsos de jogo que este pode sentir durante a recuperação por forma a minimizar possíveis recaídas.
Atenção: A informação desta página não é para ser usada com fins de diagnóstico efetivo ou tratamento. Não fornecemos serviços de diagnóstico ou tratamento através da Internet.
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Para o ajudar a tomar uma decisão sobre a possibilidade de reduzir os seus comportamentos de jogo, pode querer fazer uma avaliação mais detalhada junto de um especialista. Nesse caso, poderemos prestar-lhe informação sobre os recursos gratuitos existentes em Portugal.
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