Definição e glossário.
Podemos identificar três níveis distintos de relação com os jogos a dinheiro, com diferentes consequências para as pessoas jogadoras.
O problema do jogo pode afetar várias áreas da sua vida. Eis alguns sinais indicadores de que os jogos de e apostas poderão constituir um problema.
Existem fatores de risco que potenciam o jogo problemático. Conheça as características que tornam um indivíduo mais vulnerável ao vício do jogo.
As pessoas com sérios problemas de jogo podem sofrer graves consequências sociais, emocionais, financeiras e de saúde.
Presentemente parece claro que a área de pesquisa sobre os custos sociais e económicos e os benefícios do jogo é uma área controversa.
Perguntas frequentes sobre as razões porque uma pequena percentagem de jogadores tem dificuldade em controlar o seu jogo.
O jogo problemático é frequentemente chamado de “vício oculto” porque, diferentemente do abuso de álcool ou drogas, raramente existem sinais externos ou sintomas físicos. É um distúrbio caracterizado pela preocupação com jogo e apostas, perseguição de perdas e perda de controlo sobre a quantidade de tempo e dinheiro gasto em jogos e apostas.
É com bastante precisão que hoje em dia se conhece o processo seguido por um jogador problemático desde o dia em que inicia a sua actividade de jogo até perder o controlo da mesma.
Neste processo, ao longo do tempo, o jogador, inicialmente recreativo, experimenta uma transformação progressiva da sua conduta de jogo, a frequência com que joga e o significado que para ele tem o jogo, assim como outros aspectos da sua vida, como as relações familiares, a situação laboral, o conceito que tem de si mesmo e, evidentemente, a sua situação económica. Inclusivamente poder vir a incorporar novas condutas delitivas.
Especialistas falam de um período de cerca de cinco anos desde que a pessoa se inicia no jogo até à perda de controlo.
Este período poderá ser mais curto. Sabe-se que os grandes ganhos nos primeiros episódios de jogo aceleram o processo.
Os indivíduos com problemas de jogo passam por estágios progressivos antes de se tornarem jogadores compulsivos/patológicos.
Neste primeiro período produzem-se episódios de ganhos que conduzem a uma maior excitação pelo jogo. A pessoa sente-se um jogador excecional já que, para além de querer ganhar, a aprendizagem e o “domínio” das técnicas próprias do jogo, aumentam a sua excitação e motivação por ele. Os episódios de ganhos estabelecem na mente do jogador que podem voltar a acontecer.
No entanto, a sensação de ganhos parece estar relacionada com o feito de “não perder” já que se investe pouco dinheiro no jogo, e em poucas ocasiões o dinheiro destinado a outros gastos (pagamento de faturas, alimentos, necessidades básicas, etc.).
A primeira fase cria uma atitude optimista no jogador que o leva a investir maior quantidade de dinheiro nos episódios de jogo. Isto leva-o a fortes perdas económicas e é aqui que, em não raras ocasiões, a motivação para jogar não é ganhar, senão recuperar o dinheiro perdido.
É próprio desta fase que o jogador comece a jogar sozinho. Perante as perdas procura novas formas de obter dinheiro para jogar (fórmulas rápidas de obter dinheiro, principalmente empréstimos).
As dívidas, os empréstimos, etc. aumentam a pressão e o envolvimento no jogo. Este envolvimento provoca uma deterioração das suas relações familiares e laborais.
Tratando de ocultar o seu problema, aparecem as mentiras e os pretextos que vão minando a relação matrimonial. No plano laboral diminui o rendimento, chegando a perder horas de trabalho.
Os “ganhos” que acontecem nesta fase são sempre muito inferiores aos montantes necessários para cobrir as dívidas. É então quando aumenta a pressão que o faz continuar a jogar e aumentar as quantidades de dinheiro apostadas.
Tudo isto conduz a uma situação financeira critica. Neste momento, geralmente o jogador comunica à família a sua situação, solicitando um voto de confiança e dinheiro para sair dos apuros em que se envolveu.
Esta trégua dada pela família e o ambiente não favorece que o jogador assuma a responsabilidade e leva-o ao otimismo próprio das primeiras fases do jog, levando o jogador a pensar que, em definitivo, nunca ocorrerá algo desastroso.
O início da trégua marca o caminho para a fase do desespero. A resolução das dívidas não elimina a verdadeira adição ao jogo e é normal que se produzam, então, vários momentos de tréguas, já que o jogador perante a nova atitude otimista que apresenta, repete episódios de jogo que incrementam as perdas e as dívidas.
As sucessivas tréguas dadas pela família e o entorno do jogador, acabam por minar a confiança desta no interesse sincero mostrado pelo jogador. Surge então um estado de pânico provocado pala união de diferentes factores:
Nestas circunstâncias, o jogo já não diverte.
Apresentação publicada em 2011
Uma característica da conduta aditiva não é a frequência com que se desenvolve, mas sim o grau de perda de controlo sobre a mesma por parte do jogador, estabelecendo uma relação de dependência.
Nestas circunstâncias, o jogo já não diverte.
Questionário breve para despistar o jogo problemático
Autotestes que o ajudam a avaliar o tipo de relação que tem com o jogo