A transferência do conhecimento científico para a intervenção e prática clínica permanece objeto de controvérsia, pois subsistem lacunas e limitações em torno dos paradigmas e modelos terapêuticos que podem apresentar maior eficácia na abordagem a um vasto número de perturbações que afetam o jogador compulsivo/patológico.
SICAD
Área Controversa
Presentemente parece notório que a pesquisa sobre os custos sociais e económicos e os benefícios do jogo é uma área controversa, dado ser recente, estar eivada de preconceitos e jargões e ser objeto de análise de várias disciplinas.
De facto, em comparação com áreas de investigação científica mais maduras, o estudo dos fenómenos relacionados com o jogo é relativamente recente. Consequentemente, cientistas e clínicos têm inúmeras oportunidades de explorar, aprofundar e desenvolver novas áreas de investigação e abordagens de tratamento.
Área Imatura
As áreas imaturas como os estudos de jogos de azar também proporcionam oportunidades para alegados especialistas, lideres de opinião ou mesmo charlatães influenciarem e convencerem o público, decisores políticos e talvez a eles próprios, no sentido de pensarem qua a sua “evidência” pode suportar um tratamento particular ou política pública.
A agravar o défice de investigação de qualidade está o facto de esta ser uma área de grande impacto (a indústria dos casinos é importante para muitas economias locais e algumas economias nacionais), pelo que os decisores exigem algum tipo de evidência ou suporte para as suas posições e decisões relativamente ao jogo. Na ausência de investigação de qualidade, os “quase-cientistas e charlatães”, mencionados por Shaffer et al. (2001), são vistos como proeminentes especialistas.
Área Apetecível
A investigação em torno do jogo é, ainda, uma área apetecível para “empreendedores políticos” cujo primeiro propósito é influenciar o processo político e quem oferece “diagnósticos inequívocos mesmo quando a evidência é incerta”. Ou seja, um número de organizações usa a investigação do jogo nos seus esforços de pressão, tanto a favor como contra a expansão do jogo. A investigação publicada, referida por grupos de pressão, não é necessariamente tendenciosa. Contudo, as organizações que pretendem a expansão do jogo citam a investigação que suporta o seu ponto de vista, assim como os seu opositores citam estudos que refletem a sua perspetiva, ambos “ignorando” intencionalmente a existência de possíveis contraditórios.
Atenção
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Apoio
Para o ajudar a tomar uma decisão sobre a possibilidade de reduzir os seus comportamentos de jogo, pode querer fazer uma avaliação mais detalhada junto de um especialista. Nesse caso, poderemos prestar-lhe informação sobre os recursos gratuitos existentes em Portugal.

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